HISTÓRIA DA RAÇA




História da Raça

  Lenda

 

            A lenda do Shih-Tzu chega até nós na forma de documentos, pinturas e objetos de arte muito antigos. Durante a Dinastia Tang, K´iu Tai, rei de Viqur, deu para a côrte chinesa um casal de cães, dizendo que eles vinham de Fu Lin (Império Bizantino)

            Outra teoria sobre a história desta simpática bolinha de pêlos se passa em meados do século XVII, quando os cães foram trazidos do Tibet para a corte chinesa, onde foram criados em Pequim. Muitas fotos desses cães foram mantidas no “The Imperial Dog Book”.

            Os menores destes cães assemelham-se a leões, conforme representado na arte oriental. Na crença budista há a associação deste cão com sua divindade. Era também chamado de cão cara de crisântemo, pelo fato de seus pêlos caírem pelo rosto em todas as direções.

            Esta foi durante muito tempo a raça preferida nos castelos imperiais da China. Acredita-se que o Shih-Tzu, que significa Cão Leão em chinês, é nativo das montanhas do Tibet,  resultado de cruzamentos entre o Pequinês nativo e do Lhasa Apso, o cão sagrado do Tibet, que havia sido presente do Dalai Lama.

            O Shih-Tzu foi uma raça muito protegida, pois era considerada membro da família real chinesa, por isso muito poucos exemplares foram oferecidos para exportação. Esses cães eram pequenos, inteligentes e extremamente dóceis. Sabe-se que a criação do Shih-Tzu era delegada  a eunucos que disputavam entre si para produzir exemplares que agradassem ao máximo o imperador. Os escolhidos tinham seus quadros pintados em tapeçarias, e o eunuco responsável pelos cães recebia presentes do imperador. Segundo os historiadores da raça, o Shih-Tzu não foi conhecido fora da China antes de 1860, quando o Palácio Imperial de verão foi invadido por tropas inglesas e francesas.

               A raça alcançou o auge de seu prestígio, durante o reinado da Imperatriz Tzu Hsi, de 1861 até sua morte em 1908. A Imperatriz desenvolveu um programa de criação baseado na saúde, temperamento, estrutura e marcações. Ela criou um sistema de registro, onde eram anotados todos os cruzamentos, assim como todos os nascimentos. Cada filhote tinha uma ficha com o nome de seus ascendentes (pedigree) e suas características pessoais (sexo, cor, marcações, tamanho, etc.).

               Devido à influência do Budhismo, a cor dourada era preferida, mas a Imperatriz já naqueles tempos, sabia da importância da cor preta numa criação, para manter a pigmentação dos cães. O cão favorito da Imperatriz Tzu, era um preto sólido, chamado Hai Ling, que vivia em seus aposentos particulares.

             Em 1900, alguns cães sairam da China com diplomatas e missionários, provavelmente, vendidos pelos eunucos, responsáveis pelo controle da criação.

              Mas estes primeiros cães a chegarem ao Ocidente eram de qualidade inferior.Após a morte da Imperatriz alguns cães de qualidade foram para nas mãos de alguns ingleses e escandinavos, e destes , descendem todos os Shih Tzus atuais.

                A raça começou a ser conhecida na Inglaterra, quando a Rainha Maud da Noruega, presenteou a Duquesa de York, que depois veio a ser Rainha, a recente falecida Rainha Mãe, com um dos primeiros filhotes nascidos na Escandinávia. Ele recebeu o nome de Choo Choo, e foi um dos cães da Princesa Elizabeth, atual Rainha da Inglaterra.

                Ainda segundo estes estudiosos a raça foi praticamente extinta durante a revolução comunista da China, sendo salva graças a 7 fêmeas e 7 machos que restaram.

                O Kennel Club da Inglaterra, foi o primeiro a reconhecer a raça, em 1934.

                          Apesar de tanta restrição quanto a saída destes cãezinhos da China, alguns exemplares se deram muito bem na Europa, e de lá foram levados pelos soldados após a II Guerra Mundial para os Estados Unidos. Mais de vinte anos depois o Shih-Tzu foi reconhecido como raça pelo American Kennel Club, entrando no grupo dos Toys. Atualmente é uma das raças mais conhecidas deste grupo, e sua elegância faz com que ele tenha admiradores pelo mundo todo.

            O Shih-Tzu é um cachorro de muita personalidade, que exige afeição e atenção, sendo uma excelente companhia. Não precisa de tanto exercício como os cães maiores, nem come tanto quanto eles. Aprende rápido as lições ensinadas e tem razoável paciência com crianças. O único trabalho extra que o dono do Shih-Tzu vai encontrar pela frente é com o pêlo, que precisa  de escovação diária para que ele mantenha o brilho e fique livre dos nós indesejados.

            É um cãozinho ativo como a maioria dos toys, alerta, vigoroso e inteligente.